segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

insone

Então escuta o que eu te digo: a lua existe.  Posso senti-la. Você acredita? Ela se esconde do mundo, mas não de nós. A lua existe. Sei que existe, portanto não tente me convencer do contrário. Você insiste. Boto meus sapatos. Da janela, a casa é impossível. Vamos caminhar. Seu olhar em mim. Você me diz para não pensar na lua, mas é quando eu sei que ela existe. Devo, então, fingir que não percebo a expressão que você faz quando a voz cala? Eu sonho quando durmo, e sonho o sonho que não é meu. A lua está lá fora e aqui dentro continua insuportável. A luz do sol não me pertence, a lua é outra história. A sombra é que está ao meu lado. O descanso, a água fresca que bebemos na fuga do que é usual. Eu queria a claridade ou a noite escura, o resto, o todo, mas acho que nem quando for possível, será possível. Melhor acordar.